top of page

HOMOFOBIA: Após denúncias de alunos, Unipê tira professor dos seus quadros

  • Amara Alcântara
  • 29 de jun. de 2017
  • 2 min de leitura

Apresentação de professor mostra ‘Homossexualismo’ entre perversões sexuais

A postura de um professor da disciplina de Medicina Legal tem gerado polêmica entre estudantes de Direito de uma faculdade particular de João Pessoa. O relato de um aluno, publicado nas redes sociais, foi reforçado por vários outros colegas que discordam das ideias e posturas do docente. O estudante criticou o profissional por ele tratar, durante as aulas, homossexualidade como doença e tachá-la de “perversão sexual”. O relato foi publicado na quarta-feira (28), o Dia do Orgulho LGBT, e está viralizando nas redes sociais nesta quinta (29).

Conforme o aluno, há “mais de 10 denúncias de assédio e homofobia” contra o professor na ouvidoria da universidade. Em entrevista, Diógenes Dantas afirmou que o docente não sofreu nenhum tipo de punição por parte da universidade, apesar das constantes denúncias, e até zombava da situação. “A apresentação do professor no primeiro dia de aula foi nos seguintes termos: ‘neu nome é Alírio Batista, e vocês precisam decorar o meu nome quando forem me denunciar'”, relatou o aluno.

Segundo o relato publicado por Diógenes, o professor Alírio Batista trata homossexuais por “aberração”, homossexualidade – dita por ele como “homossexalismo” – como doença e “safadeza”. Os comportamentos homofóbicos do docente foram confirmados por outros alunos da instituição.

Nos comentários da publicação, os estudantes dizem que até as respostas em provas aplicadas pelo professor também precisam ser preconceituosas. “Nas provas você tem que dar as mesmas respostas que ele dá em sala de aula para não dar ‘bomba'”, comentou um ex-aluno do professor. Já em outro comentário, um ex-aluno diz que “piadas misóginas e homofóbicos eram a prática normal”.

Os colegas de turma comentaram que o professor “endossou a discussão de que a origem de tal ‘doença’ seria ‘safadeza'(sic), mas que não gostaria de estender a conversa, ‘pois essa gente era muito agressiva'”.

Professor distribui material que classifica homossexualidade como “desvio”

“O professor Alírio, ao tratar de ‘perversões sexuais’ em sua disciplina, classificou a homossexualidade (insistentemente gravada como homossexualismo, sufixo que remete à doença) como aberração, repetindo isso por diversas vezes ao longo de sua apresentação”, relata Diógenes. Ao fim da aula, o aluno disse ao professor que a aula estava atrasada em 20 anos, já que a homossexualidade não é considerada doença. “Em resposta, o docente deixou claro que continuaria a propagar o seu posicionamento, uma vez que a matéria, segundo ele, sustentava ser uma aberração”, diz o aluno na publicação.

No material [foto] que o professor disponibiliza aos estudantes de Medicina Legal e publicado na página do docente, a homossexualidade é tratada como “desvio de conduta”, “aberração” e “pederastia”. Em determinado momento, o professor escreve que “os homossexuais por amor são violentos e agridem” e que transexuais são “revoltados com o próprio sexo”.


 
 
 

Comments


bottom of page